A canção "Pobre Paulista" da banda paulistana Ira revela o lado mais assustador do paulista, a xenofobia, ao dizer: "Dentro de mim sai um monstro / Não é o bem, nem o mal / É apenas indiferença / É apenas ódio mortal / / Não quero ver mais essa gente feia / Não quero ver mais os ignorantes / Eu quero ver gente da minha terra / Eu quero ver gente do meu sangue."
É engraçado, pra não dizer ridículo, que um paulistano ou qualquer brasileiro tenha tendências a idéias nazistas, uma vez que estamos longe de sermos puros, aliás, muito pelo contrário - e graças a Deus!, - somos o povo mais vira-lata do planeta!
Se o paulistano não gosta dos nordestinos, se os gaúchos não gostam dos paranaenses, ou se os goianos não gostam dos matogrossenses, oras bolas, que se lixem, que revejam seus conceitos, que evoluam enquanto seres humanos!
Eu me orgulho de toda a minha ascendência, que inclue gotas de sangue italiano, indígena, português, negro e espanhol. Procuro me espelhar no melhor de cada um destes povos e evoluir sempre.
Agora, na Suíça a história é bem diferente. A Suíça é um país dividido em 3 partes bem distintas, uma alemã, uma italiana e uma italiana. Partes que praticamente não se misturam e falam línguas diferentes. Duas partes descendentes de países que formaram o "eixo" nazista na Segunda Guerra, e uma parte descendente de uma nação que foi invadida por Hitler e ainda hoje não cosegue lidar com a questão dos "simpatizantes" que se tornaram "colaboladores" nazistas durante a invasão.
A ironia sem graça nenhuma dessa história toda é que a Suíça tem vivido esses anos todos com um sistema financeiro baseado pelo dinheiro que os nazistas roubaram dos judeus na alemanha, que os ditadores africanos roubaram de seus povos, que os caudilhos latino-americanos saquearam de seus países. (Nem todos os deputados constróem castelos de 28 milhões nas Minas Geraes, a maioria prefere depositar o excedente "fora").
A xenofobia na Europa não para de crescer. Os recentes casos de arbitrariedades contra brasileiros nos aeroportos espanhóis certamente chamaram atenção dos neonazistas para desviarem seus ataques de seus alvos preferencias (turcos, africanos, ex-iugoslavos).
O blogueiro se solidariza com a brasileira Paula Oliveira, vergonhosa e covardamente atacada por neonazistas na Suíça. Grávida de gêmeos, Paula perdeu os bebês após o ataque.
Cresci ouvindo Lennon cantar: "Imagine que não existem países / Não é difícil imaginar / Nada pelo que lutar ou morrer / E nenhuma religião também // Imagine todas as pessoas / Vivendo a vida em paz //(...) Imagine todas as pessoas / Compartilhando o mundo (...)."
Eu imaginei, eu sonhei, eu acreditei. Hoje, diante da infinita ignorância humana, já não acredito mais.
Ilustração: Igor Villa
2 comentários:
Meu, um porra louca como você, querendo criticar uma puta canção do Ira, embasado em que?
Faz que nem esse jumento da foto e enfia tua cara na privada e se alimente de tuas fezes, já que não se importa nem um pouco com lixo.
Foda-se como vivem os que moram fora de São Paulo, mas a partir que botam o pé aqui teriam que no mínimo respeitar a porra desse lugar, e como sou nascido e criado nessa porra, vou defender o que é meu e tentar deixar um pouco do jeito que quero, não do jeito que um infeliz miserável acha que deve ser.
Olá, pessoa educada!
Vamos por partes: "Meu, um porra louca como você, querendo criticar uma puta canção do Ira, embasado em que?" Resposta: baseado em o Nazi se chamar Nazi... É pouco?
"Faz que nem esse jumento da foto e enfia tua cara na privada e se alimente de tuas fezes, já que não se importa nem um pouco com lixo." Resposta: Olá, pessoa educada!
"Foda-se como vivem os que moram fora de São Paulo, mas a partir que botam o pé aqui teriam que no mínimo respeitar a porra desse lugar, e como sou nascido e criado nessa porra" Resposta: também sou nascido e criado nesta cidade, e parece que amo São Paulo mais do que você, já que prefere chamá-la de porra.
"vou defender o que é meu e tentar deixar um pouco do jeito que quero, não do jeito que um infeliz miserável acha que deve ser." Resposta: Opa, até que enfim concordamos em alguma coisa!
Sim, cada um deve defender o que é seu e defender o que acredita! Por isso eu falo A e você responde B. Isso se chama democracia, liberdade de expressão. E em um mundo nazista e xenofóbico isso não existe.
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