segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A maldição da letra dobrada



piTTa, coLLor, kaSSab. Responda rápido: além de terem chegado “lá” com um passado político absolutamente esquecível, o que os três portadores da maldição da letra dobrada têm em comum?
Fácil: votação extraordinária em São Paulo.

O paulistano é um ser político de difícil compreensão. Diz que, se estivesse “lá”, roubaria também porque não é “trouxa”, mas São Paulo foi a única capital onde Lula “perdeu” em 2006, no que os analistas políticos foram unânimes em classificar como um “recado” da cidade ao presidente em resposta aos seguidos escândalos de corrupção em seu governo.

Eu acho que o buraco é mais embaixo, afinal o paulistano não teve escrúpulos em eleger, reeleger, rereeleger e re-re-re-eleger Maluf. Acredito que verdadeiro o problema do paulistano com Lula são os programas sociais do presidente e de seu partido.

E o fato de Marta Suplicy ter aproximadamente 70% dos votos nos extremos leste e sul da capital (justamente as regiões mais pobres da cidade) é revelador.

A classe média paulistana não perdoa a ex-prefeita por ela ter feito os CÉUS na periferia. A classe média queria escola de qualidade para os seus filhos, e não para os filhos dos pobres.
Ela está se lixando pra distribuição de renda, justiça social etc., quer é polícia no bairro bom onde mora.
Isso porque não acredita que um garoto da periferia a mais na escola representa um garoto a menos pedindo no semáforo. A classe média paulistana não pensa a criminalidade como um problema social, mas de caráter.

O figura que na seqüência de fotos abaixo aparece xingando e partindo pra cima de um microempresário “vagabundo” dono de uma empresa de comunicações visuais que viu seu comércio falir graças a lei “Cidade Limpa”, esse figura tem um passado político no mínimo duvidoso ao lado do Ali piTTá e seus quarenta ladrões, mas nunca fez nada pelo social. E se nunca fez nada pelo social, São Paulo perdoa.

Enfim, kaSSab acaba de legitimado pelo voto popular. Deu um verdadeiro banho em Marta, o que implica em dizer que a marionete de seRRa, cresceu, ganhou vida própria e importância nacional.

Mas deixemos as ranzinzices deste pobre burro pastor de São Paulo pra lá. Fiquemos com as palavras do grande pensador e historiador francês Alexis Henri Charles Clérel, visconde de Tocqueville, “A democracia é a tirania da maioria”.

Sendo assim, só nos resta tirar as crianças do caminho!
E rogar que Deus nos perdoe - Oops! Quer dizer: - proteja!

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