quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Albergues

É difícil ser paulistano. É difícil acordar paulistano, ler notícias como a reproduzida abaixo e olhar nos olhos de meus concidadãos. É difícil saber que o paulistano aprova todas essas medidas xenofóbicas. Afinal, um político nada mais é que o retrato da sociedade que o elegeu.

Prefeitura de São Paulo fecha albergues para sem-teto
AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - A Prefeitura de São Paulo pretende encerrar, neste ano, os serviços de mais dois albergues para sem-teto: o República Condomínio AEB, com 85 vagas, e o Pedroso, com cerca de 400. O centro de São Paulo e bairros próximos já perderam, em dois anos, quase 700 leitos em albergues municipais. A medida eleva a conta para mais de mil vagas extintas.

As consequências dessas medidas são vias e praças ocupadas por uma massa cada vez maior de moradores de rua. Segundo estimativa da Associação Viva o Centro, são 2 mil na região. "E o número tem aumentado com o fechamento dos albergues", afirma o superintendente da instituição, Marco de Almeida.

Ele diz que essa população cresceu na Avenida Duque de Caxias, na Praça da República e no Largo do Arouche. O Movimento Nacional da População de Rua estima que 15 mil pessoas vivam nas vias da capital (quase 5 mil a mais que há sete anos).

Desde 2008, a Prefeitura desativou dois albergues no centro: o Jacareí (antigo Cirineu), com quase 400 vagas, e o Glicério (conhecido como São Francisco), com 300 leitos, segundo a Secretaria de Assistência Social (Seads). "Mas chegamos a abrigar mais de 700 pessoas", relata frei José Santos, que administrava o Albergue do Glicério. "É claro que a maioria voltou às ruas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

4 comentários:

Caranguejunior disse...

É Paulão...
Pra ele que dorme em um confortável colchão,ar-condicionado
Quarto bem quentinho é fácil...

Fernanda Rodrigues disse...

Realmente SP nunca teve tantos moradores de rua. Lastimável essa notícia. E mais lastimável ainda saber que nos albergues só se pode permanecer durante a noite.

Fernanda Rodrigues disse...

Engraçado ler novamente essa notícia em seu blog. Esse mesmo link me foi sugerido por uma leitora do meu blog, me criticando sobre eu comentar que mendigos sujam as praças (achar que a sujeira que os mendigos fazem na praça não é sujeira, é negá-los como cidadãos). Realmente fechar abrigos é uma notícia muito triste, quando novos abrigos deveriam ser abertos.Mas com novos formatos, pois quem como eu conhece esses locais pessoalmente sabe que são lugares insalubres a usuários e funcionários. Quem conhece os abrigos da "Toca de Assis" sabe que assistência psicológica e social tem que ser prestada às noviças, pois o degaste delas é tão grande quanto o dos indigentes. O mesmo raciocínio deveria ser aplicado aos funcionários públicos, que acabam por deixar o trabalho devido às péssimas condições oferecidas. Abs!

Unknown disse...

Bom... Eu acho que o K-sabe deve ser algum seguidor, ou porque não dizer, descendente de Hitler, rsss...
Nuca vi um politico com tantas aversões a um lugar que ele administra, affff, que a gente pode fazer...? rsss